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Eleitor que mostrou arma em cabine de urna no Paraná é alvo de operação da PF

 Eleitor que mostrou arma em cabine de urna no Paraná é alvo de operação da PF

(Foto: colaboração/WhatsApp)

Alvo de uma operação da Polícia Federal, um eleitor que mostrou uma arma em cabine de urna no primeiro turno das eleições deste ano no Paraná disse à polícia que estava bêbado no dia da votação. Na casa dele, a PF encontrou ontem (10) uma arma de brinquedo que teria sido utilizada o vídeo feito pelo eleitor em Cornélio Procópio, no Norte do Estado.

A PF afirma que outros casos, em que armas de verdade foram utilizadas, ainda são investigados. Em São Paulo e Sergipe, a polícia encaminhou investigados para assinatura de dois termos circunstanciados por crime de incitação ao ódio ou incitação de crimes contra candidatos.

As operações investigam crimes relacionados às eleições de 2018. De acordo com o delegado Guilherme Torres, da Polícia Federal, o objetivo é aprofundar investigações sobre vídeos que circularam recentemente em redes sociais. Em um dos vídeos investigados, um eleitor aperta os botões da urna eletrônica de votação com uma pistola e seleciona os números de um candidato à presidência da República.

Nas buscas na casa do eleitor, a PF encontrou apenas uma arma de brinquedo.

De acordo com o delagado, o suspeito disse que estava bêbado no dia da votação. Outro, em São Paulo, gravou vídeo dizendo que a mulher que não vota em um candidato tem que ser estuprada. Outro, em Sergipe, gravou vídeo incitando o assassinato de um candidato.

O delegado afirma que outros crimes são investigados. Segundo ele, muitos são difíceis de identificar os autores, já que deixam poucos rastros na internet.

Segundo a PF, os investigados poderão responder, no caso do Estado do Paraná, pelos crimes de violação de sigilo do voto ou porte ilegal de arma; e no caso dos Estados de Sergipe e São Paulo pela incitação de crime contra candidatos. As ações integram um conjunto de atividades desenvolvidas pelo Centro Integrado de Comando e Controle Eleitoral em Brasília.

De acordo com a legislação eleitoral, é vedado portar aparelho de telefonia celular, máquinas fotográficas e filmadoras, dentro da cabina de votação, mas alguns eleitores não só desrespeitaram a regra, como aproveitaram para exibir o voto e as armas. Pela Constituição Federal, o voto é universal, direto e secreto.

Para garantir a inviolabilidade, não é permitido que o eleitor registre o voto, pois a prática abre portas para o voto de cabresto. O Código Eleitoral tipifica a violação do sigilo do voto como crime eleitoral, com pena de até dois anos de detenção. O porte ilegal de armas é crime com multa e reclusão de dois a quatro anos.

Reportagem: Narley Resende

Segundo a PF, vídeo que circula na internet foi feito em Cornélio Procópio, no Norte do Paraná:

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