Quase às vésperas do segundo turno das eleições municipais, programado para este domingo (30), três cidades paranaenses se preparam para mais um dia de votação. São elas a capital, Curitiba, também Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, e Maringá, que fica no Noroeste. Por causa das ocupações de escolas estaduais, desta vez o pleito vai contar com o apoio de tropas federais – medida aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral atendendo a um pedido feito pelo Tribunal Regional Eleitoral. A ideia é resguardar o processo de escolha dos prefeitos mesmo em meio aos protestos dos estudantes contra a reforma do Ensino Médio prevista em uma Medida Provisória do governo federal. Os jovens também são contrários à PEC que congela os gastos da União por 20 anos.

Outra providência tomada pelo TRE como consequência das ocupações foi a alteração de 206 locais de votação. Desse total, 147 ficam em Curitiba, 32 são em Maringá e 27 em Ponta Grossa. Essa operação demandou um grande esforço logístico do Tribunal e ainda gerou um gasto extra de R$ 3 milhões. O gasto a mais representa cerca de 15% em relação ao custo original que, segundo o presidente do órgão, Luiz Fernando Tomasi Keppen, é de aproximadamente R$ 22 milhões.

O montante a mais foi disponibilizado pelo TSE também a pedido do órgão regional. Em todo o Estado, a mudança impacta mais de 700.300 eleitores que vão votar em locais provisórios. São pouco mais de 533.700 votantes de Curitiba, cerca de 102.500 de Maringá e aproximadamente 64 mil de Ponta Grossa.

Além disso, desde a última quarta-feira, dia 26, ninguém pode ser preso ou detido no Estado a não ser em casos de flagrante delito. Essa regra faz parte do Código Eleitoral, que prevê que nos cinco dias antes da realização do segundo turno e até 48 horas depois, os eleitores não podem ser presos.