Em Curitiba, Haddad fala sobre possíveis alianças para segundo turno
O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, avaliou de forma positiva a campanha realizada por ele e pela equipe do partido no primeiro turno das eleições. Durante coletiva de imprensa em Curitiba, depois de uma visita ao ex-presidente Lula na Polícia Federal, Haddad afirmou que tem respeito aos adversários no campo democrático e disse que vai convidar o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) a assinar uma “carta de compromisso” que estabeleça um “protocolo ético” para a abordagem das campanhas no segundo turno.
Haddad criticou mais uma vez a divulgação de notícias falsas nas redes sociais, que chamou de “enxurrada de mentiras”.
Em Curitiba, o candidato à presidência pelo Partido dos Trabalhadores procurou dar ênfase aos nomes de adversários políticos com quem pode firmar alianças para o segundo turno da campanha eleitoral. Haddad reconheceu a importância de veteranos na política, como Ciro Gomes, Marina Silva e Geraldo Alckmin, a quem disse respeitar, apesar de possíveis divergências.
O petista minimizou a ampla vantagem de seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL) e disse que sua chegada ao segundo turno foi um feito para o PT.
Entre os temas de discussão para o segundo turno, Haddad afirmou que é importante dar destaque à questão econômica e à segurança pública. Durante declaração, o petista criticou novamente a flexibilização do porte de armas, como propõe seu oponente. Para o candidato do PT, essa medida só vai gerar mais mortes, sem dar uma efetiva segurança à população.
Haddad vinha repetindo uma agenda semanal de visitas a Lula, desde que o PT intensificou a articulação para que substituísse o ex-presidente na cabeça de chapa que concorre à Presidência da República. O anúncio foi oficializado em 11 de setembro, último dia do prazo concedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois da impugnação da candidatura do ex-presidente.
De dentro da prisão, Lula vinha sendo o principal articulador das estratégias políticas e eleitorais do PT. Alguns setores do partido dos trabalhadores defendem que a imagem de Haddad seja descolada da de Lula no segundo turno das eleições. O candidato não quis responder se vai manter as visitas ao ex-presidente na prisão, que têm ocorrido todas as segundas-feiras.
Reportagem: Thaissa Martiniuk