Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos hoje (quinta, 2) manhã em Curitiba, São José dos Pinhais e Maringá, na região norte, em endereços ligados a três empresas suspeitas de vender testes rápidos de baixa qualidade para a detecção da Covid-19, o que poderia resultar em diagnóstico falso negativo.

A ação faz parte de operação iniciada hoje (02) pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) que além de apontar que os testes vendidos eram ineficientes, apurou que há indícios de superfaturamento na aquisição dos insumos pelo governo de Brasília. O prejuízo estimado com as fraudes é de cerca de R$ 30 milhões, segundo o MPDFT.

De acordo com o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) no Paraná, Leonir Batisti, as ordens judiciais cumpridas no estado foram feitas nas sedes, filiais ou escritórios das empresas investigadas.

Ainda conforme o Ministério Público do Distrito Federal, servidores da Secretaria de Saúde do DF teriam participado ativamente na fraude das licitações e na compra dos testes IgG/IgM com preços superfaturados. Ao todo, 74 mandados de busca e apreensão são cumpridos no Paraná, Distrito Federal e em seis estados (SP, ES, RJ, BA, GO, SC).

Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal afirmou que o todos os testes adquiridos pela pasta foram testados e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Reportagem: Leonardo Gomes