A chuva recorde da semana passada ainda provoca transtornos para os moradores da região norte do Paraná. Além da falta de água em bairros de diversos municípios, agora são os estudantes de Londrina que não poderão voltar às aulas no fim de janeiro. Hoje (quarta), a secretaria municipal de educação afirmou que o ano letivo só vai começar no dia 11 de fevereiro, e os prejuízos apenas nas escolas chegam aos R$ 17 milhões de acordo com a secretária Janet Thomas.

Das 114 escolas e creches municipais, pelo menos 78 tiveram danos provocados pelas chuvas. Destas, quatro foram totalmente interditadas. A Prefeitura pediu R$ 17 milhões ao Governo Federal para poder consertar as escolas, e vai investir mais R$ 2 milhões em recursos emergenciais. Além disso, há a preocupação com as estradas da região, onde mais de 400 quilômetros tiveram danos, e 34 pontes foram total ou parcialmente destruídas.

São 11 trechos de rodovias estaduais com interdições em todo o Paraná.

Comida mais cara
Além das escolas e das estradas, os moradores da região norte também já perceberam que as frutas e legumes estão custando três vezes mais que o normal. Isso porque muitas lavouras foram devastadas pelas enxurradas. O comerciante da Ceasa de Londrina, Clóvis Tsuzaki, diz que ainda não há uma quebra na safra, mas que realmente está tudo mais caro.

No começo da semana, o governador Beto Richa anunciou a abertura de uma linha de crédito para os agricultores que tiveram perdas nas lavouras. No entanto, os financiamentos de até R$ 15 mil só serão liberados para aqueles que estão nas cidades com decretos de emergência ou calamidade pública. O produtor rural Eliel da Silva espera que o dinheiro seja liberado logo.

O Departamento de Economia Rural do Paraná vai divulgar um relatório oficial no dia 28, com as primeiras projeções da safra deste ano. Ainda não há perdas estimadas nas lavouras.
Já pelo restante do estado, são 15 cidades em situação de emergência, e outras duas com decreto de calamidade pública. Ao todo, foram 58 municípios atingidos e mais de 156 mil pessoas afetadas. Ainda há mais de duas mil pessoas desabrigadas.

*com TV Tarobá/Band