O uso de práticas ESG pode trazer retorno financeiro para as empresas. A cada 10% de aumento nos aportes, as organizações podem perceber crescimento de 1% nos lucros. É o que aponta o levantamento ESG Radar 2023, que entrevistou mais de 2,5 mil executivos e gerentes de instituições de todo o mundo.

O estudo aponta como as principais razões para o resultado financeiro, a governança corporativa bem executada e a diversidade em cargos de liderança. Esta tendência na aplicação de práticas voltadas para a preservação do meio ambiente, responsabilidade social e transparência empresarial também é vista no Brasil.

Veja mais: Curitiba: nova integração entre ônibus e estacionamento pode gerar economia

Conforme um estudo da Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio para o Brasil), mais de 70% das empresas iniciaram as ações neste ano. Entre as organizações ouvidas no ‘Panorama ESG 2024’, 78% relataram o compromisso ambiental e social como principal motivador. Para a especialista Danielle Denes, a utilização destas diretrizes é fundamental para mitigar riscos e garantir sustentabilidade para as instituições.

Uma das empresas brasileiras que potencializou no último ano as práticas voltadas para a preservação do meio ambiente, responsabilidade social e transparência na governança é o Paraná Banco. Para este ano, por exemplo, a companhia estabeleceu uma redução de 20% de emissão de CO2 em resíduos orgânicos e 5% em energia elétrica.

Já na área de governança, a instituição oferece programas de serviço social e assistência psicológica para os colaboradores e familiares. A líder da Comissão ESG do Paraná Banco, Paola Portes, explica que este olhar voltado para o conjunto de normas iniciou há dois anos com a criação do setor.

Atualmente, o ESG é visto como um dos principais pilares que sustentam as empresas, já que colaboradores, investidores e clientes estão cada vez mais atentos às maneiras que as companhias lidam com as boas práticas. A especialista detalha que a tendência é que as práticas dentro das organizações se tornem cada vez mais fortes.

Para uma empresa ser ranqueada dentro do índice ESG, ela precisa estar listada na Bolsa de Valores ou no caminho para isso. Além disso, as instituições precisam disponibilizar políticas voltadas para as diretrizes do índice e problemas enfrentados dentro dos mesmos tópicos.

Reportagem: Mirian Villa