Investigados pela emissão de R$ 4 bilhões em notas fiscais falsas, por meio de empresas que atuam com sucatas, foram os alvos da operação Gauteng, realizada nesta terça-feira (16) no Paraná e em outros três estados. A operação conjunta, da Receita Federal e Polícia Federal, aconteceu também em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Foram cumpridos 59 mandados de busca e apreensão em empresas e em residências de pessoas que participam do esquema. As investigações apontaram que três grupos criminosos, com 80 pessoas, utilizavam notas fiscais falsas para burlar a fiscalização, sonegar impostos e ‘esquentar’ mercadorias roubadas. As notas eram emitidas por empresas de fachada. O auditor fiscal Marcelo Izaguirre da Silva, da Receita Federal, diz que a investigação começou após o cruzamento de dados, que apontaram os primeiros indícios de irregularidades.

Também foi apurado que, além de operações com sucatas, o operador do esquema movimentou bilhões de reais em notas fiscais de ouro.

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Há suspeita de que as transações possam estar relacionadas a crimes de lavagem de dinheiro, extração ilegal de minérios, sonegação de impostos e outros delitos. A operação desta terça-feira contou com a atuação de 280 agentes. Gauteng, como foi batizada a operação, é também o nome de uma província da África do Sul e, na língua local, significa ‘lugar do ouro’.