Apesar do aumento da área de plantio, a estimativa de produção de grãos no Paraná foi reduzida em 8%. Relatório do Deral, o Departamento de Economia Rural, vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, prevê a colheita de 38 milhões de toneladas na safra 2020/2021. As plantações ocupam 10 milhões e 400 mil hectares, 3% maior do que na safra passada. O levantamento mensal mostra os efeitos da longa estiagem no Paraná, com perdas significativas na segunda safra do feijão e na produção de milho safrinha.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, pondera que o regime irregular de chuvas prejudicou a produção em vários estados. Em relação ao milho, por exemplo, a produção nacional foi menor do que a demanda, prejudicando principalmente o setor industrial, mas também com reflexos para o consumidor final:

Além do milho de segunda safra, que deve ter uma colheita 19% menor do que no ano passado, também é esperada a quebra de 46% da produção do feijão. Neste ciclo, a soja deve registrar uma produção 4% menor do que na safra passada. Por outro lado, há boa expectativa para a produção do trigo, o que pode reduzir a necessidade de importações. O acréscimo deve ser de 21% em relação à safra passada:

Para que as projeções do trigo se confirmem, é necessário que as condições climáticas colaborem. Até o momento, o plantio segue sem problemas, com expectativa de conclusão em julho. Atualmente, 95% das lavouras registram boas condições.

Reportagem: Angelo Sfair