O estado do Paraná tem 63 pacientes na fila de espera por um leito hospitalar, nesta quarta-feira (14). Ao longo da pandemia, a superlotação de hospitais e a demanda por leitos tornou-se uma realidade nas redes pública e priva de saúde. Um estudo paranaense, realizado de 2017 a 2020, apontou que dar alta para que pacientes estáveis terminem o tratamento em casa pode trazer benefícios para os pacientes e para os centros hospitalares, tanto públicos quanto privados. A técnica é a terapia antimicrobiana parenteral ambulatorial, com sigla OPAT, em inglês.

O benefício para o paciente é não precisar concluir o tratamento em um hospital, conforme explica o médico infectologista, professor da PUC-PR e responsável pela pesquisa, Felipe Tuon.

Enquanto o paciente se recupera em casa, com a rede de apoio familiar, os hospitais mantém leitos livres. Além de ter espaço para novas demandas, como a de pacientes com Covid-19, os centros hospitalares promovem economia financeira. No estudo, o tempo médio de internação de um paciente por ocorrências gerais reduziu de 33 para 15 dias.

A cada dois anos, a economia estimada foi de R$ 1 milhão.

Os dados foram coletados entre junho de 2017 e maio de 2020. Os pesquisadores acompanharam 225 pacientes do Hospital Universitário Cajuru. O estudo foi publicado na revista científica “Infection Control & Hospital Epidemiology”, da editora da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.

Reportagem: Larissa Biscaia