Ex-servidora da Educação é condenada por corrupção
Ela foi condenada nas investigações da Operação Quadro Negro
Uma secretária do então diretor da Superintendência de Desenvolvimento Educacional do Paraná foi condenada a três anos e três meses de prisão, em regime aberto, pelo crime de corrupção passiva, no âmbito das investigações da Operação Quadro Negro. A servidora também recebeu multa de dois mil e cem reais. Ainda cabe recurso da decisão da 9ª Vara Criminal de Curitiba. A sentença é desta quarta-feira (13). A Operação Quadro Negro foi deflagrada para apurar ilegalidades cometidas em construções e reformas de escolas, entre 2013 e 2015, no Paraná. A Superintendência era vinculada à Secretaria de Estado da Educação e foi extinta em 2019. O Ministério Público diz que a servidora, condenada por corrupção, recebeu vantagens indevidas de uma das empresas participantes do esquema criminoso. A Secretaria da Educação diz que ela se aposentou em 2016. O procurador de Justiça, Leonir Batisti, afirma que o valor foi recebido em 2014, como forma de “agradecimento e estímulo pelo atendimento privilegiado dispensado à empresa”.
A companhia, do ramo da construção civil, teria recebido recursos públicos para a realização de obras que não foram executadas. A denúncia também cita que os valores fraudulentos seriam pagos “para que a servidora, em razão da função, permanecesse praticando atos de ofício, recebendo direta e pessoalmente os protocolos da referida empresa, sabidamente fraudados, no intuito de agilizar o seu andamento”.
O diretor da Superintendência, a quem a servidora era subordinada, firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público do Paraná em 2018. Ele é apontado como mentor do esquema de desvio de recursos. As apurações dizem que foram distribuídas vantagens indevidas, em benefício de agentes políticos.