Exportação de soja tem queda no Paraná
Problemas na BR-277, alto volume de chuva e atraso em colheita são os principais fatores
Cerca de 60 embarcações estão paradas no Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, enquanto aguardam o carregamento de soja. De acordo com dados da administração do terminal, em grão e em farelo a soja apresentou queda nas exportações.
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Em fevereiro do ano passado mais de 1 milhão de toneladas de soja já haviam sido exportadas. Em 2023, no mesmo período, foram pouco mais de 450 mil toneladas embarcadas. Uma redução de 58%.
Os problemas na BR-277, principal ligação com o Porto, o volume de chuva e o atraso na colheita são fatores que impactam nessa redução. O agronegócio paranaense estima um prejuízo de 800 milhões de reais em exportações de grãos de soja.
Segundo a Federação da Agricultura do Paraná, o atraso por conta dos problemas na rodovia interfere diretamente no faturamento. Quem explica é o presidente da Faep, Ágide Meneguette.
A soja que não pode ser escoada por conta dos atrasos tem que ser armazenada, o que se torna um problema para os agricultores com os bloqueios na rodovia.
Outra situação que atrapalha na importação do grão é o atraso na colheita. No Paraná, no início de março, o volume colhido chegou a 30%.
Mas de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) neste período, a média colhida nas últimas safras chegou a 50%. Até o final de abril quase 100 embarcações são esperadas para carregar e descarregar em Paranaguá.
Reportagem: Francine Lopes