“Faço groove”, diz Wes Ventura no Festival de Curitiba
Guitarrista apresentou canções autorais
“É muito bom estar aqui hoje, lugar repleto de arte, de gente bonita e interessada em cultura musical”, disse o cantor Wes Ventura. A frase seguiu os primeiros acordes da guitarra do artista, que estava acompanhado do baixista Pedro Afaro e do baterista Gerson Martins. O power trio se apresentou, na Tenda Ave Lola, na quinta-feira (27), o terceiro dia do 32º Festival de Curitiba.
Com uma musicalidade autoral e desconhecida do grande público, Wes Ventura levou à plateia seu lado compositor em canções como “Em cima do muro” e “Gasolina”, esta última recém-escrita pelo guitarrista. Inclusive, a música “Em cima do muro”, foi um pedido vindo do público antes mesmo de Ventura subir ao palco. “É assim que a gente gosta, vamos tocar ela agora. Aliás, essa música é a abertura da 97.1 FM. Podermos ter essa visibilidade da música autoral curitibana é muito gratificante”, agradeceu.
No repertório, as vertentes mais predominantes trazidas pelo cantor foram a Soul Music dos anos 70 e artistas brasileiros pouco conhecidos pelo público, mas sem deixar de fora as raízes e a sonoridades vindas da rua. “Fizemos um show quase todo autoral, trazendo também as minhas referências como Tony Bizzaro e Tônia Maria. Além disso, temos a oportunidade de apresentar para o público músicos que não conhecem, sempre fazendo esse garimpo da música brasileira”, afirmou.
Quem esteve presente assistiu a uma breve participação do artista visual Rimon Guimarães nos vocais. Em determinado ponto, com a saída de Pedro Afaro e Gerson Martins do palco, o público teve um momento intimista com Wes Ventura.
Para a profissional do setor de marketing Larissa Felix, a conexão promovida é um ponto alto da apresentação. “Já conhecia o trabalho dele, e ouvindo toda a sonoridade que o Wes e o Pedro trazem na guitarra e baixo me deixa muito encantada a ponto de ter ido a vários shows deles. Com isso, entendi as performances em diferentes lugares e como eles conseguem cativar o público”, comentou.
Presença marcante nos shows, os solos de guitarras foram muito bem acompanhados pelo baixo de Pedro e a bateria de Gerson. O entrosamento do trio ficou claro nos ritmos da canção “Melanina Jazz” e “Afro caipira contemporâneo”, compostas pelo cantor, que nessa levada trouxe o forró em “Esperando na Janela”, clássico do sanfoneiro Targino Gondim, e ainda tocaram a canção “Colors” dos norte-americanos Black Pumas.
Informações: Jefferson Ribeiro, da Universidade Positivo