Fim da greve nas universidades estaduais do Paraná é definida nesta quarta-feira
O fim da greve dos professores e servidores técnico-administrativos de cinco das sete universidades estaduais do Paraná é decidido nesta quarta-feira (24). O assunto vai ser discutido em assembleias realizadas nas instituições ao longo do dia. A expectativa é de que os resultados das primeiras votações pelo retorno ou não às salas de aula sejam anunciados perto das cinco horas da tarde.
A categoria voltou a se mobilizar na segunda-feira (22), após os deputados aprovarem a lei que concede apenas 3,45% de reajuste ao funcionalismo estadual. Segundo o professor Denny William da Silva, que integra o comando da greve, não há mais o que fazer para se chegar aos 8,17% referentes à reposição da inflação.
As instituições que discutem hoje o fim da paralisação são a Unespar, a Uicentro, Unioeste, a Universidade de Maringá e a do Norte. A Universidade de Londrina já tinha decido na última terça-feira (23) encerrar a greve e retomar as atividades a partir desta quinta-feira (25), e a assembleia da UEPG vai ser a última – está marcada para amanhã de manhã.
O professor também critica a intransigência do governo do estado tanto em relação à negociação salarial quanto à reforma da previdência.
A greve nas universidades estaduais do Paraná já dura quase dois meses. O movimento começou pelas mesmas razões que levaram os professores das escolas estaduais a cruzarem os braços: o pacote de austeridade do Executivo e, depois, o percentual de reajuste salarial. O calendário das aulas nas instituições ainda precisa ser revisto, mas não há uma previsão para isso.
Na UEL, apesar do fim da paralisação, o estado de greve continua, segundo o diretor do sindicato da categoria, Sinival Pitaguari.
Também ontem, a presidência da Assembleia Legislativa anunciou que os salários dos servidores concursados da Casa devem subir de 28 a 40% a partir de agosto. A ideia é implantar as progressões dos profissionais que trabalham há cerca de 20 anos sem aumento por tempo de carreira.
Hoje, a Assembleia tem cerca de 390 servidores efetivos. Assim, o pagamento das promoções deve causar um impacto de R$900 mil a mais por mês à Alep.