Formas graves da Covid-19 podem estar relacionadas à maior quantidade de enzimas no corpo, aponta pesquisa
O desenvolvimento de uma forma mais grave da Covid-19 pode estar ligado a fatores genéticos e imunológicos. Um estudo do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe apontou que algumas enzimas podem trabalhar junto ao coronavírus e facilitar a infecção. As enzimas são proteínas, que são partes das células do corpo.
Quando temos mais de determinada enzima na célula, o coronavírus entra naquele órgão de maneira mais fácil, conforme explica pesquisadora, Luciane Cavalli.
O que termina se uma pessoa tem mais ou menos da ECA2 é a genética. A carga da enzina pode explicar o porquê de algumas pessoas serem assintomáticas e outras terem quadros graves da doença, para além das comorbidades e grupos de risco.
Os pesquisadores reuniram informações de 87 pesquisas publicadas desde o início da pandemia sobre a Covid-19. A revisão dos estudos apontou que as proteínas aparecerem mais em pacientes com quadros mais graves da doença. Elas também aparecem mais em pacientes com doenças crônicas como hipertensão, diabetes e outras doenças cardiovasculares.
O estudo foi feito em parceria pelos pesquisadores do Instituto Pelé Pequeno Príncipe, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade de São Paulo (USP). Ele foi publicado em uma revista científica internacional.
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0171298521000784?dgcid=author
Reportagem: Larissa Biscaia