Frente Parlamentar debate papel do Estado na compra de vacinas contra a covid-19
A Frente Parlamentar do Coronavírus na Assembleia Legislativa volta a se reunir hoje (23) para debater o papel do Consórcio Paraná Saúde. O grupo discute de que forma o Estado pode atuar ativamente na busca de vacinas contra a covid-19. Ontem, deputados estaduais, federais e prefeitos paranaenses se reuniram com o Consórcio Nordeste. Os estados nordestinos negociam junto ao Fundo de Investimento Direto da Rússia a compra adicional de 13 milhões de doses da Sputnik V, a vacina russa contra o coronavírus desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Moscou.
O Consórcio Nordeste já acertou a compra de 37 milhões de unidades da vacina. Com o montante adicional, a Rússia alega ter disponibilidade para vender um total de 50 milhões de doses ao Brasil. A Sputnik V ainda não tem registro na Anvisa, embora seja aplicada em outros países da América Latina, como a Argentina, por exemplo.
Os grupos e consórcios regionais debatem de que forma podem atuar em apoio ao Plano Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde. O Supremo Tribunal Federal reconheceu a possibilidade da compra de vacinas pelas unidades federativas, desde que as negociações não atrapalhem o governo federal. Além disso, o entendimento é de que as vacinas devem integrar o PNI até que toda a população prioritária seja imunizada.
A Frente Parlamentar do Coronavírus na Assembleia Legislativa cobra do Governo do Paraná um posicionamento mais claro sobre a forma como pretende atuar na busca por imunizantes. Até o momento, o Palácio Iguaçu tem reforçado que a responsabilidade cabe ao Ministério da Saúde, embora tenha feito contatos oficiais com vários laboratórios produtores de vacinas. O Estado tem R$ 200 milhões reservados do orçamento para a compra de imunizantes, dos quais R$ 100 milhões foram repassados pelo Poder Legislativo.
Reportagem: Angelo Sfair