Gaeco acompanha investigação da morte de adolescente no CIC
Caio José Ferreira foi morto após uma abordagem da Guarda Municipal
O Ministério Público do Paraná (MPPR) vai acompanhar as investigações da morte do adolescente Caio José Ferreira de Souza. O jovem de 17 anos foi morto após uma abordagem da Guarda Municipal (GM) no último sábado (25), no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
Caio foi baleado e morreu no local.
Os guardas argumentam que o jovem estava acompanhado de outros três homens suspeitos de tráfico de drogas. Durante a abordagem, Caio teria tirado uma faca de dentro do boné e ameaçado os guardas. Familiares e amigos da vítima negam a versão da GM e sustentam que o adolescente foi executado.
Segundo o coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Leonir Batisti, a morte tem características que demandam a participação da promotoria durante a apuração do caso.
Segundo os familiares de Caio, ele foi dormir na casa de um amigo e teria saído para ir ao mercado, quando foi abordado e morto. Ele era aluno do Colégio Estadual Júlia Wanderley e trabalhava como jovem aprendiz em uma empresa de telemarketing.
A mãe do adolescente, Lilian Ferreira, participou de um protesto nesta terça (28) no local da abordagem e reforçou o pedido de Justiça pelo crime.
A arma de fogo usada na abordagem foi entregue à Central de Flagrantes e está entre os itens a serem periciados. Segundo a prefeitura, as câmeras corporais dos guardas municipais estavam desligadas no momento da abordagem.
O secretário de Defesa Social e Trânsito de Curitiba, Péricles de Matos, disse que a Corregedoria da Guarda Municipal vai investigar o motivo dos equipamentos estarem desligados.
Os agentes envolvidos na morte do jovem foram afastados das funções.
O caso é apurado pela Polícia Civil.
Por Leonardo Gomes.