Germán e José Efromovich são presos na operação Lava Jato

 Germán e José Efromovich são presos na operação Lava Jato

Foto: divulgação/PF

Os empresários Germán Efromovich e Jose Efromovich, donos da EISA – Estaleiro Ilha S.A, detidos nesta quarta-feira, tiveram a prisão preventiva convertida para prisão domiciliar – com monitoramento eletrônico, por causa da pandemia de coronavírus.

De acordo com o Ministério Público Federal, os empresários pagaram cerca de R$ 40 milhões em propina a Sérgio Machado, então presidente da Transpetro, entre 2009 e 2013. Machado tem acordo de colaboração premiada com o MPF. Os irmãos Efromovich também são sócios da companhia aérea Avianca Holdings, que está em recuperação judicial e não é citada na operação. As prisões fazem parte da fase número 72 da Operação Lava Jato, que apura fraudes em licitações envolvendo a Transpetro.

Segundo a Polícia Federal (PF), as investigações apontam possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em contratos de compra e venda de navios. Além das prisões, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta manhã em Maceió, Rio de Janeiro, Niterói e São Paulo. As ordens judiciais foram expedidas pela 13ª Vara Federal em Curitiba.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), foram alvos dos mandados de busca os endereços dos investigados e de quatro empresas do grupo econômico. O valor global do contrato com o estaleiro, segundo a PF, foi de mais de R$ 857 milhões. Além das ordens judiciais, a Justiça Federal determinou o bloqueio de cerca de R$ 651,3 milhões das pessoas físicas e jurídicas envolvidas. De acordo com a procuradora da República Luciana Bogo, integrante da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, houve um esforço dos investigados para esconder o pagamento de propina.

Conforme a polícia, a contratação do estaleiro teria sido feita, inclusive, desconsiderando estudos de consultorias que apontavam que a empresa não teria as condições técnicas e financeiras adequadas para a construção dos navios. O pagamento de propina à Sérgio Machado teria sido disfarçado através de um contrato falso de investimento em empresa estrangeira, que previa o pagamento de uma multa de R$ 28 milhões, em caso de cancelamento do acordo. O contrato teria sido celebrado entre uma empresa do grupo dos investigados relacionados ao Estaleiro e empresa ligada ao executivo da Transpetro, sendo que a remessa dos valores da vantagem indevida teria sido feita por meio de várias transferências, através de contas bancárias no exterior.

O procurador Felipe Camargo relata que os investigados têm acesso a uma grande rede no exterior, para movimentação e ocultação de valores ilícitos.

Procurada pela reportagem, a assessoria de Sérgio Machado afirmou que ele não vai se manifestar. A Transpetro, em nota, afirmou que desde o princípio das investigações, colabora com o Ministério Público Federal e encaminha todas as informações pertinentes aos órgãos competentes. A companhia disse ainda que é vítima nos processos e presta todo apoio necessário às investigações da Operação Lava Jato.

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