A Praça Generoso Marques, em Curitiba, é o ponto de visitação de uma das estruturas mais icônicas da capital: o Paço da Liberdade. Inaugurada em fevereiro de 1916, a construção centenária tem um estilo de arquitetura inspirado nos movimentos neoclássico, Art Nouveau e Art Déco. O visitante que for até o Centro de Curitiba pode ver na estrutura do lado de fora marquises de ferro, estátuas e janelas vistosas.

A construção traz um ar de história em meio a rotina dos curitibanos que passam pela praça todos os dias. O Paço da Liberdade é o único patrimônio histórico da cidade tombado pelas três esferas: municipal, estadual e federal. Na época em que foi construído, o edifício foi feito para ser a sede da Prefeitura de Curitiba, que por lá ficou até 1969. Depois de uma reforma, ele se tornou a sede do Museu Paranaense, em 1974. Em parceria com o Governo do Estado, o centro de memórias esteve no prédio até 2002.

Com a saída do Museu Paranaense, o Paço da Liberdade ficou abandonado até 2009, quando foi restaurado, mantendo as características da construção original. O prédio, hoje, é um centro cultural, com salas de exposição, leitura, biblioteca, eventos e até um café.

Acompanhe na Reportagem do estudante de Jornalismo,
Lucas Basilio, da Universidade Positivo

REPORTAGEM

De sede da Prefeitura de Curitiba a um centro cultural. O Giro nas Ruas de hoje foi conhecer a história do Paço da Liberdade, na Praça Generoso Marques. O prédio centenário é um dos pontos turísticos mais visitados na capital, pela beleza arquitetônica, mas também pela possibilidade de o visitante tomar um café do lado de dentro enquanto lê um bom livro.

O professor de design da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, José Marconi, veio morar em Curitiba em 2008. Ele conta que se mudou para um prédio na frente da Praça Generoso Marques e que o Paço da Liberdade sempre passou uma sensação de acolhimento.

Mas a relação dele com o edifício histórico não parou por aí: em 2016, o professor, junto com um grupo de desenhistas, fez um livro com ilustrações detalhadas do local em homenagem aos 100 anos da construção do Paço.

Mas se engana quem acha que o Paço da Liberdade é um centro cultural apenas para artistas renomados. O fato de o local oferecer cursos abre oportunidades para aqueles que amam a arte apenas como hobby, como no caso de Isabela Santana, que teve colagens expostas no local.

Para o professor José Marconi, o fácil acesso ao prédio democratiza o aprendizado da arte para aqueles que tem interesse na área, como no caso de Isabela.

Além da parte cultural, o prédio muitas vezes é confundido com uma igreja, principalmente pelos turistas. O arquiteto responsável pelas últimas restaurações do edifício, Abraão Assad, conta que é comum ver a cena de pessoas que param na frente da construção para fazer o sinal da cruz — ação feita principalmente por católicos.

Hoje o Paço da Liberdade funciona como espaço cultural, e fica aberto de terça a sexta-feira, das 10h às 21h. O centro também abre nos sábados e domingos.

O quadro Giro nas Ruas é feito em parceria com estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Você ouviu na reportagem de Lucas Basilio.