Giro nas Ruas desta segunda é na Rua Barão do Rio Branco
José Maria da Silva Paranhos Júnior nasceu no Rio de Janeiro em 1845, filho do diplomata e político visconde de Rio Branco. Como a casa da família era um ponto de encontro de personalidades ligadas ao governo da época, o menino aprendeu, desde muito cedo, sobre diplomacia. Mais tarde, isso renderia a ele um cargo de ministro das Relações Exteriores e o título de Barão do Rio Branco, mas antes foi preciso crescer.
José Maria da Silva Paranhos Júnior estudou direito nas Faculdades de Direito de São Paulo e também do Recife. Foi promotor e deputado do Império, e exerceu ainda atividades de jornalista, escrevendo primeiro para o jornal A Nação, e depois para o Jornal do Brasil.
Como não havia concurso público naquele tempo, apenas os filhos da elite eram indicados para os cargos da diplomacia brasileira. Ele então recebeu o título de Barão do Rio Branco junto com a nomeação, pela princesa Isabel, em 1888.
O fluminense manteve o título mesmo após a proclamação da República, e teve a oportunidade de trabalhar como cônsul do Brasil em Liverpool, na Inglaterra. Já no governo de Rodrigues Alves, quinto presidente da República, ele assumiu o Ministério de Relações Exteriores e permaneceu na pasta até o ano de 1912, quando faleceu.
Uma das características mais marcantes do Barão do Rio Branco como diplomata sempre foi evitar conflitos armados na conquista de territórios para o Brasil. Como na anexação do nordeste do estado de Santa Catarina e do sudoeste do Paraná, por exemplo. A medida veio após uma disputa com a Argentina, graças aos mapas recolhidos por ele que comprovavam, para a arbitragem nacional, que as duas regiões eram 100% brasileiras.
Construído no início do século XX pelos irmãos Parolin, o edifício localizado no número 354 da rua Barão do Rio Branco guarda muitas histórias. Na década de 1920, por exemplo, ele foi alugado à família Johnscher, de imigrantes alemães, que transformou a estrutura em um luxuoso hotel.
Até hoje, por lá, o que se vê é um estabelecimento de hospedagem. E de acordo com a gerente-geral Cindy de Castro, o edifício sempre chamou a atenção dos visitantes de dentro e de fora do país.
Entre os hóspedes que já passaram por lá estão personalidades importantes da história do Brasil, como Getúlio Vargas e Santos Dumont. Mas, depois, na década de 1970, o local fechou por causa da morte de um dos donos.
As atividades só foram retomadas em 2002, quando a rede de hotéis San Juan assumiu o edifício. Reformas e atualizações foram promovidas para conservar as características originais da construção; inclusive o nome foi mantido. E, hoje, o estabelecimento é – também – um dos pontos turísticos da cidade.
GAs reservas para os interessados em se hospedar no hotel Johnscher podem ser feitas no site sanjuanhoteis.com.br.
Nosso Espaço – Arte, Cultura e Lazer
Espaços que oferecem aulas de dança alinhamos com atividades físicas estão cada vez mais comuns em Curitiba. No Giro nas Ruas de hoje você vai conhecer o Nosso Espaço – Arte, Cultura e Lazer.
Fernanda Scholze, em parceria com Italo Sasso, alunos do curso de Jornalismo da Universidade Positivo.