O Giro nas Ruas desta segunda-feira (19) é na Rua Brasilino Moura. Conheça um pouco mais sobre o homenageado que dá nome a esta rua, com a narração de Guilherme Grandi.

No bairro Ahú, em Curitiba, funcionou um dos cassinos mais tradicionais da cidade. O espaço ficou ativo durante sete anos, entre 1939 e 1946. O Cassino do Ahú foi fechado após uma determinação do então presidente da república Eurico Gaspar Dutra. O destino do cassino foi o menos óbvio possível. Uma década depois de fechado, o imóvel foi vendido para as irmãs da ordem Divina Providência, que construíram um convento. Nos antigos salões de jogos, as roletas deram lugar para as imagens que remetem à fé cristã. Capelas, salas de visita e de oração foram construídas. O que se mantém até hoje é o grande palco de shows – mas que já não recebe artistas nacionais e internacionais, como acontecia na época do cassino. Nos dias de hoje, os novos moradores e comerciantes da região têm poucas lembranças do Cassino do Ahú. É o caso da sócia-proprietária de uma confeitaria da região, Andressa Perini. Ela conta que seu estabelecimento – que fica a poucos metros de onde funcionava o cassino – era a casa dos avós. E nem mesmo as gerações passadas se recordam com precisão.

As lembranças do cassino, agora remotas, remetem à alta sociedade curitibana da década de 40. Os homens trajavam ternos bem alinhados, enquanto as mulheres ostentavam grandes chapéus e casacos de pele. O Cassino do Ahú teve como ato final a noite de 30 de abril de 1946, quando se apresentaram uma famosa cantora argentina, o maior solista de instrumento de cordas da América do Sul e a dupla de bailarinos mais jovens do país. A inatividade tomou conta do espaço por 11 anos. E, a partir de 1957, as orações e a religião passaram a ocupar o lugar. Hoje também funciona no local a sede do Bom Jesus – Divina Providência.

Na Rua Brasilino Moura fica localizada a sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Na mesma rua também fica a sede da OAB-PR (Ordem dos Advogados do Brasil). A matéria foi produzida e gravada pelo aluno de Jornalismo da Universidade Positivo, Lucas Karas.

Outro ponto da rua é a Churrascaria Ervin. A reportagem é da aluna de Jornalismo da Universidade Positivo, Larissa de Lima.