Apontado como principal causador de cegueira permanente no mundo, o glaucoma pode afetar mais de dois milhões de brasileiros. O mais preocupante é que 70% não sabem que sofrem com a doença, que provoca a elevação da pressão interna do olho e a alteração irregular no fluxo de sangue do órgão.

No estágio inicial, o glaucoma pode se desenvolver durante meses ou até anos, sem que o portador não sinta nada. Por isso, o acompanhamento médico, pelo menos uma vez ao ano, é fundamental. Quanto mais cedo for descoberto o glaucoma, maior a chance de tratá-lo.

Os exames diagnósticos, oferecidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), avaliam o campo de visão, a estrutura dos olhos e o nível de pressão ocular. A oftalmologista Muna Nasr explica que, apesar da doença não ter cura, o tratamento pode atrasar o avanço dos sintomas.

O principal fator de risco para o glaucoma é o histórico familiar, mas a doença tem grande incidência em pessoas com diabete, hipertensão, miopia e usuários de remédios à base de corticoide. Segundo a médica, o principal sintoma é a perda de visão periférica.

O tratamento pode ser feito com colírio, que ajuda a baixar a pressão do olho, laser e até cirurgia em casos mais graves. O objetivo é estabilizar a doença, mas isso não significa que o paciente vai recuperar a visão perdida.

Reportagem: Mirian Villa