Um hacker, de 21 anos, foi preso nesta sexta-feira (29) em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais. Ele é suspeito de invadir o sistema de um hospital particular de Taquatinga, no Distrito Federal.

De acordo com a Polícia Civil, o jovem teria utilizado uma espécie de um “vírus digital” para criptografar os dispositivos na unidade hospitalar e exigir pagamentos em moeda virtual (bitcoins) para não divulgar as informações obtidas. A operação denominada Sick Horse contou com policiais civis do Paraná e do Distrito Federal, além da participação de um perito criminal especialista em ocorrências de invasão com esse tipo de “vírus”.

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Na residência do hacker, os policiais apreenderam um computador e aparelhos celulares. Segundo a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos, a primeira situação foi registrada em setembro de 2022, quando os hackers tiveram acesso a informações confidenciais do hospital do Distrito Federal, inclusive, acesso ao controle remoto de equipamentos médicos que mantinham pessoas vivas.

Após a invasão na rede de informática, os suspeitos exigiram pagamentos em moeda virtual para não divulgar as informações. Na ocasião, a tentativa de extorsão não se concretizou devido às ações internas da equipe de informática do hospital que conseguiu interromper a atuação do vírus.

Um ex-funcionário do estabelecimento médico também foi preso, em Goiás, suspeito de auxiliar o hacker na invasão. Ainda conforme as investigações, o vírus utilizado nesse crime foi o mesmo que hackers usaram em ataques contra o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Governo do Distrito Federal (GDF), o Banco de Brasília (BRB) e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), em 2022.

À época, os órgãos afirmaram que os ataques “causaram graves transtornos na infraestrutura de informática”. Apesar do mesmo tipo de “vírus” ter sido usado nesses casos, a Polícia Civil não confirmou se há relação entre os crimes.

Informações: Leo Coelho