Hospitais privados apresentam plano de contingência, segundo decreto
Os hospitais da rede privada de Curitiba, que não têm vínculo com o sistema único de saúde, apresentaram um plano de contingência para o enfrentamento do coronavírus. A Prefeitura publicou um decreto dando 24 horas para a apresentação do plano.
A secretária municipal de saúde, Márcia Huçulak, durante uma sessão da Câmara Municipal, explicou que a saúde pública de Curitiba sempre teve um plano de contingência. Já a rede particular não apresentou uma alternativa e fechou os pontos de pronto atendimento. Assim, a população que utiliza a rede privada precisou da rede pública.
Em entrevista à BandNews FM, ela destacou que durante o a semana do decreto estadual mais restritivo, as cirurgias eletivas, como as plásticas, não param de Curitiba.
O documento estabelece que essas instituições devem prever o remanejamento de, no mínimo, 50% dos leitos clínicos e cirúrgicos para o atendimento exclusivo da covid-19. A exigência exclui os leitos destinados a obstetrícia, oncologia, cardiologia, nefrologia, oftalmologia e traumatologia, os considerados procedimentos cirúrgicos essenciais.
No entanto, os leitos dessas especialidades só poderão ser utilizados para atendimento de situações de urgência e emergência.
Com o decreto, a rede hospitalar privada terá que informar diariamente, à Secretaria Municipal da Saúde, os dados de ocupação de leitos e recursos disponíveis para emergências.
Por fim, os leitos disponíveis na rede privada poderão ser objeto de requisição pelo SUS de Curitiba, considerando o cenário atual da pandemia. O decreto tem validade de 30 dias.
Reportagem: Larissa Biscaia