Ideal é ônibus sem motorista cobrando e nem cobrador, analisa especialista sobre dupla função em Curitiba
Vereadores de Curitiba entraram com um pedido de urgência para a votação do projeto que proíbe que motoristas exerçam a função de cobrador nos ônibus de Curitiba. O novo texto da lei deve ser votado no dia 19 de agosto. O que já foi sancionado permitiu que as empresas argumentassem que quando o veículo estivesse parado o motorista poderia cobrar. Um especialista em transporte urbano analisou a situação a pedido da BandNews. Peter Alouche, um dos engenheiros que criou o sistema do metrô de São Paulo, concorda que a dupla função deve ser proibida.
Mas, ao contrário do que querem os vereadores de Curitiba, o consultor em transporte público é contra cobradores nos ônibus.
Em Curitiba, a contratação de quinhentos cobradores para os microônibus deve aumentar em R$ 0,05 a tarifa técnica, que atualmente é de R$ 2,99. Alouche cita um exemplo radical adotado na Suíça.
O vereador Valdemir Soares (PRB), um dos vereadores que criaram o novo texto, afirma que é importante que o projeto seja aprovado por causa da criação de empregos e da segurança.
R$ 1,8 milhões vão ser necessários para a adaptação dos ônibus e R$ 1,15 milhões vão ser gastos por mês com os funcionários. Atualmente, 180 ônibus operam hoje com o motorista fazendo a dupla função.