A incidência de raios na região sul do país, incluindo o Paraná, deve aumentar até o fim do verão, no mês março. A previsão é do Elat, o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Segundo o órgão, as regiões nordeste e norte do país também devem ter aumento no volume de descargas atmosféricas, enquanto a tendência no sudeste e centro-oeste é para registros abaixo da média. O meteorologista Marco Jusevicius, no entanto, do Instituto Simepar, explica que esse tipo de fenômeno é comum nessa época do ano. Ele também conta que, até agora, a situação no estado está dentro do esperado para a estação.

Ainda segundo o Elat, a previsão de aumento na incidência de raios não se baseia apenas na estimativa de chuva, mas também na situação dos oceanos. O El Niño seria um exemplo disso. De acordo com o órgão, o fenômeno apresenta baixa intensidade neste período, mas ele deve se intensificar no fim da estação, contribuindo para a elevação no volume de descargas atmosféricas. Já o meteorologista do Simepar alerta para o risco de acidentes durante esse tipo de evento e esclarece como e quando eles geralmente acontecem.

Na última segunda-feira (12), o grande volume de raios e relâmpagos que atingiram os arredores de Curitiba assustou os moradores. Conforme o Simepar, a capital sofreu 64 descargas atmosféricas em menos de três horas. Por outro lado, foi na região metropolitana que o fenômeno chamou mais a atenção. São José dos Pinhais registrou 1.622 raios. Entre os cuidados necessários para evitar acidentes, o principal é procurar um abrigo seguro logo que a nuvem de tempestade for avistada ou que os trovões possam ser ouvidos.