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Mirian Gasparin

Seguros patrimoniais e de automóveis são os destaques em venda.

 Indústria de seguros cresce no Paraná

Foto: Drazen Zigic – Freepik

Apesar dos desafios, a indústria de seguros continua em ritmo de crescimento. No Paraná, a arrecadação do setor segurador, excluindo-se os produtos de caráter previdenciário e os de saúde suplementar, superou a casa R$ 23 bilhões em 2023. Isso representou um avanço de quase 2% em relação ao ano anterior, segundo me informou com exclusividade o diretor Técnico e de Estudos da Confederação Nacional das Seguradoras, Alexandre Leal.

Os grandes destaques aqui no Paraná estão para os seguros patrimoniais, que cresceram 27%, muito acima da média nacional de 8%, e de automóveis com um aumento de 11%, quase o dobro da média brasileira.

Outro destaque entre os paranaenses é o seguro rural, que representa 8,8% da produção, enquanto sua representatividade no País como um todo é de menos de 4%.

Agora, o que chama a atenção no levantamento que me foi passado pela Confederação é o valor pago aos paranaenses pelo seguro residencial. Nos 11 meses de 2023 foram pagos mais de R$ 125 milhões em indenizações, ou 22% a mais do que o registrado em 2022. Além da passagem do El Niño, o aumento dos fenômenos climáticos extremos está impulsionando a busca por soluções que diminuam os impactos no patrimônio causados pelo clima.

Eu fiz essa pergunta ao diretor Técnico e de Estudos da Confederação Nacional das Seguradoras, e ele me disse que

desde 2021, a indústria seguradora tem crescido dois dígitos anualmente. Para esse ano, o setor segue otimista e com expectativa de crescimento de 11,4%. A queda de juros, a inflação mais controlada e o mercado de trabalho aquecido também estão impulsionando o setor e, com isso, a procura por produtos de seguro para pessoas e empresas tende a crescer.

Além disso, o setor também tem trabalhado para oferecer novos produtos que atendam às necessidades da sociedade moderna como, por exemplo, a cobertura por danos causados por eventos climáticos extremos e ataques promovidos por cibercriminosos.

Outro movimento, segundo me explicou Alexandre Leal,  é o desenvolvimento de produtos com valor cada vez mais acessível com objetivo de ampliar a carteira de clientes, atendendo todas as camadas sociais, alinhado aos objetivos do Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros.

Considerando todos estes fatores, o diretor da Confederação Nacional das Seguradoras acredita que o setor demonstrará ainda mais a sua importância na manutenção da estabilidade financeira das pessoas e empresas pelo pagamento de indenizações relacionadas a perdas incorridas pelos segurados.

Mirian Gasparin

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