A saúde do coração não deve ser uma preocupação apenas para as pessoas mais velhas. Em três décadas, a incidência de infartos cresceu 5% entre os homens de 15 a 49 anos e 7,6% entre as mulheres da mesma faixa etária. E as mortes de mulheres subiram 62% de 1990 a 2019.

O cardiologista do Hospital do Coração de São Paulo, Cesar Jardim, explica que fatores genéticos estão relacionados ao maior risco de doenças cardíacas, mas o estilo de vida também contribui muito. E isso sim pode ser mudado.

Mas de acordo com o cardiologista, as mulheres têm uma vantagem, já que costumam se consultar com um ginecologista com frequência, e muitos desses médicos examinam também a saúde geral da paciente. Mas todas as pessoas, especialmente as que têm algum fator de risco, devem conferir periodicamente como está o coração.

O Infarto Agudo do Miocárdio é a maior causa de mortes no país. Por ano, são registrados de 300 a 400 mil casos. E de cada 5 a 7 deles, ocorre um óbito.

E um levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia mostrou que o número de internações por infarto vem crescendo. De 2018 a 2022, houve aumento de mais de 150%.

Reportagem: Leonardo Gomes/Agência Brasil.