O inquérito policial que investiga o desabamento de um supermercado em Pontal do Paraná, no Litoral, ainda não foi concluído. No início da semana, o incidente que matou três pessoas e deixou 12 feridas completou um mês.

O CREA-PR (Conselho Regional de Engenharia do Paraná) encaminhou uma cópia dos processos de fiscalização para a Delegacia de Polícia Civil do município. No documento, o Conselho reforçou a falta da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e de um programa de gerenciamento de riscos.

O gerente da Regional Curitiba do CREA-PR, Eduardo Ramires, explica que essas irregularidades tinham sido observadas em novembro do ano passado, quatro meses antes do desabamento.

Para dar continuidade ao processo interno de apuração, o conselho aguarda retorno de algumas partes. De 10 ofícios encaminhados, apenas três foram respondidos.

O inquérito criminal do caso foi instaurado por três homicídios culposos e 12 lesões corporais, que podem variar de leve à grave. O desabamento foi registrado um dia depois da inauguração. Na época, o Corpo de Bombeiros disse que a laje do supermercado possuía 50 metros quadrados e era dividida em três pavimentos.

Um deles tinha três caixas de água com 10 mil litros cada, e em outro estavam três com capacidade de 15 mil litros cada. Três funcionárias da padaria morreram no incidente, elas eram: Rayssa Batista Santos, de 18 anos, Camille Vitória de Souza, também com 18 anos, e Pryscilla Maris Farro, de 36 anos.

Reportagem: Mirian Villa