Isolamento mais rígido salva pelo menos 1.500 vidas em Curitiba, segundo cientistas

 Isolamento mais rígido salva pelo menos 1.500 vidas em Curitiba, segundo cientistas

Foto: divulgação/Prefeitura de Foz do Iguaçu

Pelo menos mil e quinhentas vidas foram salvas, em Curitiba, por conta do isolamento social mais rígido entre os dias 13 de março e 4 de abril. A afirmação faz parte de um estudo do mesmo grupo de cientistas que previu o aumento de mortes pela covid-19 na capital paranaense, no início de março. O novo artigo mostra que, em 4 semanas, 3 delas em lockdown, com comércio e outras atividades não essenciais suspensas, a média de novos casos caiu pela metade e as mortes reduziram 16,6%.

A média móvel de óbitos nos últimos 7 dias está em 831. O documento, que também foi encaminhado às autoridades locais, aponta que apesar de positivas, as medidas ainda não foram suficientes para frear uma nova onda de contágio, podendo ocorrer novo aumento de casos em maio com o afrouxamento das regras que valem desde 5 de abril.

No início de março, os estudos apontavam que Curitiba chegaria a média de cem mortes diárias até o fim daquele mês. Com a nova previsão, após o isolamento, a taxa de óbitos diários para o mês de abril deve permanecer em uma média de 35 óbitos (máxima de até 50 mortes), tendo a terceira onda um aumento a partir do mês de maio.

Na segunda nota técnica, os pesquisadores, que são das áreas de matemática, estatística, infectologia, imunologia e biologia, utilizaram um modelo SEIRS2 (Susceptíveis – Expostos – Infectados – Recuperados e novamente Susceptíveis), em que se considera a mobilidade urbana para o cálculo do nível de isolamento social para toda a população de Curitiba, levando em consideração também dados da vacinação até o dia 3 de abril. Com isso, surgiu a estatística de que 1.500 mortes foram evitadas na cidade.

O estudo também aponta que ainda há grande circulação da variante P1, com origem na região amazônica, que tem um poder de contágio mais acelerado. Motivo pelo qual o grupo também mantém indicação de não retorno das aulas presenciais ou híbridas. Na rede pública, a suspensão das aulas segue por tempo indeterminado, pelo menos até que todos os professores sejam vacinados segundo o prefeito Rafael Greca (DEM).

De acordo com os pesquisadores, há evidências científicas que mostram que a segunda onda de Manaus foi potencializada pelo retorno às aulas o que, originou a variante P1.

Reportagem: Fernanda Scholze

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