Justiça arquiva processo criminal que investigava deslizamento na BR-376
O entendimento é de que foi um fenômeno natural e que não houve ação humana
A Justiça do Paraná arquivou o processo criminal que investigava um deslizamento de terra na BR-376, em Guaratuba, no litoral do Paraná, em novembro de 2022, que deixou duas pessoas mortas. A decisão da juíza Marisa de Freitas, da Vara Criminal de Guaratuba, é de que o acidente foi um fenômeno natural, ou seja, não houve ação humana.
Para a magistrada, a causa da morte foi a massa de terra e vegetações, que deslizou e levou veículos que estavam na pista. Por isso, “não justifica a deflagração de um processo criminal”. Além das mortes, 14 pessoas foram atingidas pelo deslizamento. Na época, a sociedade questionou as autoridades sobre a responsabilidade do acidente, já que quatro horas antes o trecho chegou a ser interditado por causa de um deslizamento menor.
Veja mais:
Durante as investigações, a Polícia Civil (PCPR) ouviu policiais rodoviários, funcionários da concessionária Arteris Litoral Sul, motoristas que foram atingidos pelo lamaçal e parentes das vítimas. O inquérito foi concluído e não determinou uma autoria. Na época, a rodovia, que é a principal ligação entre Curitiba e o litoral de Santa Catarina, ficou 10 dias interditada para trabalhos de busca e limpeza.
A recuperação no trecho sentido Curitiba foi necessária e foi finalizada na semana passada, dez meses depois da tragédia. A concessionária afirma que se empenha na melhoria definitiva da obra no sentido Santa Catarina, que ainda está em andamento.
Informação: Mirian Villa