Justiça ouve as primeiras testemunhas de processo que tem como um dos réus o operador financeiro Paulo Preto

 Justiça ouve as primeiras testemunhas de processo que tem como um dos réus o operador financeiro Paulo Preto

Foto: divulgação/PF

Sete testemunhas de acusação prestaram depoimento nesta terça-feira (04) em audiência decorrente de ação penal da Lava Jato em que tem como um dos réus o operador financeiro do PSDB e ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Preso desde fevereiro no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana, ele é um dos cinco acusados do processo ligado a fase de número 60 da Lava Jato, em que são apurados crimes de lavagem de dinheiro e embaraço de investigação. Entre as testemunhas de ontem (04) estão delatores, como o operador financeiro Adir Assad e ex-executivos da Odebrecht.

Além de Paulo Preto, também são réus na ação os executivos Fernando Migliaccio e Olívio Rodrigues Junior, assim como operadores Samir Assad e Marcello José Abbud. A denúncia envolve ainda o advogado Rodrigo Tacla Duran, mas o processo foi desmembrado porque ele é considerado foragido na Espanha.

De acordo com os procuradores da Lava Jato, entre 2010 e 2011, Paulo Preto teria disponibilizado ao menos 100 milhões de reais em espécie a operadores ligados à Odebrecht. A suspeita é de que o dinheiro tenha sido usado pela empreiteira para o pagamento de propina a agentes políticos e a pessoas ligadas à Petrobras e outras estatais.

De acordo com a denúncia, em 2012, Paulo Preto e Tacla Duran teriam usado a compra de um imóvel no Guarujá, litoral de São Paulo, para ocultar a origem de recursos. Foram identificadas oito transferências bancárias, no valor total de 430 mil dólares, entre março e abril de 2012. Na Espanha, Tacla Duran confessou as movimentações fraudulentas, por meio de contas bancárias no exterior. O ex-diretor da Dersa também teria ocultado aparelhos celulares quando foi alvo de mandados de busca e apreensão, há pouco mais de um mês, para dificultar as investigações.

Esta é a terceira vez que Paulo Preto está preso por ordem judicial relacionada à Lava Jato. Citado em várias delações premiadas, ele acumula condenações que passam de 170 anos de prisão. Na fase de número 60 da Lava Jato, realizada em 19 de fevereiro, ele estava em prisão domiciliar e teve a prisão preventiva cumprida.

Reportagem: Thaissa Martiniuk

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