A força-tarefa Lava Jato no Paraná denunciou o deputado Aníbal Gomes e o assessor dele, Luis Carlos Batista Sá, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os crimes teriam sido cometidos entre 2006 e 2007.

Atualmente suplente pelo DEM, Gomes não está em exercício. Na época dos crimes, ele era deputado federal pelo PMDB e as provas apontam que usou sua influência para sustentar politicamente a permanência de Nestor Cerveró à frente da Diretoria Internacional da Petrobras. Por intermédio do ex-executivo, ele teria recebido propina no valor de US$ 6 milhões. O montante foi acertado durante as negociações do contrato para a construção do navio-sonda Petrobras 10.000. O assessor do deputado teria auxiliado a ocultar o dinheiro.

Segundo o procurador da força-tarefa da Lava Jato,  Alexandre Jabur, a denúncia é embasada em provas que mostram a contabilidade da propina.

As operações teriam ocorrido de setembro de 2006 até novembro de 2007, não só no Brasil. Contas mantidas na Suíça em nome de offshores que pertenciam a Walter Faria, empresário do ramo cervejeiro já denunciado na Lava Jato, eram usadas para ocultar os valores.

De acordo com o Ministério Público Federal, a denúncia é baseada no depoimento de colaboradores como também em provas documentais apreendidas com o assessor.

Reportagem: Juliana Goss