Diversos estabelecimentos especializados em vendas de armas registraram queda de mais de 70% na comercialização do produto no primeiro semestre de 2023. Segundo os empresários e especialistas, o recuo do setor tem sido ainda maior neste mês de julho devido ao decreto federal que restringe a circulação e acesso às armas no país.

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O novo decreto determina uma redução no número de armas que podem ser adquiridas pelo cidadão comum, com impacto principalmente para aqueles que pretendem as licenças “CACs”, os Caçadores, Atiradores e Colecionadores. Para a defesa pessoal, o texto reduz a quantidade permitida de armamento de quatro para duas armas, além de estabelecer um limite de 50 munições anuais por dispositivo. Até então, era permitido a quantidade de 200 munições anuais por dispositivo.

De acordo com a presidente do SK Clube De Tiro e proprietária de uma loja de armas, acessórios e munições, Ana Cláudia Sabbagh, houve um crescimento na compra de armas de fogo, a partir de 2017. Mas o cenário mudou neste ano, com uma queda de 76% nas vendas em comparação ao primeiro semestre do ano passado. Ela ressalta que foi necessário realizar várias demissões no segmento.

O novo decreto diz ainda que ao longo do ano os atiradores esportivos vão ter que comprovar treinamento e competições. A quantidade de armas que podem ter será vinculada ao grau de treinamento. Para a empresária do ramo, os atiradores esportivos serão os mais afetados com as novas determinações.

No ano passado, ainda sem o novo decreto do Governo Federal, mais de 102 mil registros de posse de arma de fogo foram realizados no Paraná. De acordo com os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Paraná é o quinto estado brasileiro com o maior número de armas registradas no país.

Reportagem: Leo Coelho