A Pesquisa do Ministério da Saúde, Vigitel 2014, divulgada na última quarta-feira (15), mostrou que 54% dos adultos (pessoas com mais de 18 anos) estão com excesso de peso e 19% estão com obesidade na capital paranaense. Em 2012, os índices mostravam 51 e 16% respectivamente. Os números de Curitiba estão acima da média nacional, que é de 52% da população adulta com excesso de peso e 18% com obesidade. Segundo o levantamento, na capital paranaense 37% dos adultos praticam atividade física conforme o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A média no país é de 35% que dedicam pelo menos 150 minutos do tempo livre na semana com exercícios. A pesquisa mostra também que 20% dos curitibanos adultos tem a taxa de colesterol alta. No país, 24% da população ingere cinco ou mais porções diárias de frutas e verduras, que é a quantidade recomendada pela OMS. De acordo com a Nutricionista Eda Maria Scur, a busca pela alimentação saudável aumentou nos últimos anos, mas para um resultado eficaz o ideal é personalizar o plano alimentar.

Ainda segundo a nutricionista é importante deixar de lado grandes quantidades de sal e gorduras, além de dividir as refeições ao longo do dia.

 Segundo o cirurgião e membro da Federação Internacional de Cirurgia para Obesidade (IFSO), Doutor Caetano Marchesini, o número de cirurgias bariátricas deve aumentar cerca de 30% entre 2014 e 2016.

Os quilos a mais na balança são fatores de risco para doenças crônicas como as do coração, hipertensão e diabetes, que representam 72% dos óbitos no Brasil. A expectativa do Ministério da saúde é diminuir em 2% ao ano o número de mortes por estas doenças até 2022. De acordo com o doutor Marchesini, a cirurgia bariátrica é indicada como última opção para perda de peso em casos de obesidade atrelada a doenças graves.

O Índice de obesidade no Brasil, que é de 18%, é menor quando comparado com outros países da América do Sul. No Chile, 25% da população adulta está obesa, no Paraguai 22% e na Argentina 20%.