Desde agosto, mais de cinco mil escorpiões foram capturados durante as ações de controle e prevenção dos acidentes causados por animais peçonhentos nos municípios do Norte Pioneiro. A região registra 419 casos notificados de picadas. O número é 28% superior no comparativo com o mesmo período de 2024. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o Paraná soma três mortes em 2025, duas em Cambará e uma em Jacarezinho.

As ações de controle são realizadas pela 19ª Regional de Saúde em parceria com as vigilâncias sanitárias dos municípios. Nos últimos 20 dias, as equipes percorreram 13 municípios com foco em localizar e capturar escorpiões. As capturas ocorrem durante a noite e com o uso de luzes ultravioletas, que facilitam a localização. Entre agosto e outubro, 3.339 animais foram capturados na região. Todos são em seguida eutanaziados e enviados para o Laboratório de Taxonomia Animal (LabTax), da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações (DVVZI), para identificação.

A maior parte dos acidentes graves no estado é causada pelo escorpião-amarelo (Tityus serralatus). A orientação para os moradores de regiões com registro de infestação é redobrar os cuidados com a limpeza da casa, evitando acúmulo de entulhos, restos de materiais de construção e objetos desnecessários. Também é recomendado tampar ralos, caixas de gordura, frestas nas paredes e rodapés e utilizar telas em aberturas e grelhas dos ralos. Os escorpiões ficam escondidos em locais com entulhos durante o dia e saem durante a noite em busca de comida.

A picada do escorpião causa dor imediata e intensa, que pode irradiar para o membro afetado e vir acompanhada de vermelhidão, suor local, adormecimento e, em casos mais graves, suor excessivo, agitação, tremores, náuseas, vômitos e salivação. Em caso de picada, a Sesa orienta a procurar o serviço de saúde imediatamente. Em casos graves, o combate ao veneno é feito com o soro antiescorpiônico, que deve ser iniciado o mais rápido possível após a picada. O Paraná possui 225 serviços de saúde, distribuídos nas 22 Regionais de Saúde, que são referência para a aplicação de soros.

Para tirar dúvidas sobre acidentes causados por animais peçonhentos e intoxicações, a população pode ligar no telefone 0800 041 0148 (CIATox). 

Informações: Vanessa Fontanella