Mais de 50% dos infectados pela covid-19 continuam com sintomas da doença após 6 meses, segundo estudo da UEL

 Mais de 50% dos infectados pela covid-19 continuam com sintomas da doença após 6 meses, segundo estudo da UEL

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Mais da metade dos infectados pela covid-19 apresenta pelo menos um sintoma persistente da doença depois de seis meses. Esse é um dos dados da pesquisa feita pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). 53,3% dos 259 pacientes relataram isso no estudo “Avaliação clínica funcional e qualidade de vida de pacientes após um, dois, seis e 12 meses do diagnóstico de infecção por SARS-CoV-2 no município de Londrina-PR”. O projeto está em execução desde outubro de 2020 e passa pela fase de coleta de dados.

A coordenadora do projeto e professora do Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Celita Salmaso Trelha, revela que os resultados preliminares apontam dois tipos de sintomas, de acordo com a durabilidade destes: subagudos e crônicos.

Os sintomas mais frequentes são fadiga, relatado por 47% dos entrevistados, dores e mal-estar, 32%, dor de cabeça, 14%, desânimo, 13%, e perda de olfato, 10,4%. A dona de casa, Marli Aparecida, de 70 anos, foi infectada pelo coronavírus em fevereiro deste ano e faz parte das pessoas que continuam com sintomas, um dos principais é o cansaço.

A pesquisa da UEL apontou que, depois de 1 ano da infecção, 54 dos 259 participantes apresentam sintomas persistentes. Desses, 40% relatam a existência de pelo menos um desses sintomas: fadiga (40%), ansiedade e depressão (32%), dor e mal-estar (26%), perda de memória (15%), falta de ar (12%), perda de olfato (9%) e dores de cabeça (7%).

O estudo mostrou que as mulheres têm o dobro de chances da prevalência dos sintomas persistentes do que os homens. A população que respondeu ao questionário tem uma média de idade de 39 anos. Apenas 7% necessitaram de internação.

Reportagem: Fernanda Scholze

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