Com a bagagem repleta de papéis no cinema, na TV e no teatro, Marco Nanini é o personagem principal do livro “Avesso do Bordado”, escrito pela jornalista Mariana Filgueiras. Na coletiva de imprensa sobre a obra, realizada na quinta-feira (28), no Paço da Liberdade, em Curitiba, Nanini relata que a biografia reúne memórias de pessoas que estiveram com ele durante a carreira.

O premiado ator começou o bate-papo contando sobre a proposta que recebeu para lançar a história da própria vida. Ressaltou que nunca havia pensado na possibilidade, mas após conhecer Mariana Filgueiras, indicada pela editora Companhia da Letras, se interessou pela produção. Depois de quatro anos de intensas pesquisas, a jornalista publicou sua primeira biografia, em que explora as obras de Nanini, que passou pelo teatro clássico, moderno, político, de vanguarda, além de musicais.

Em meio a piadas e elogios à escritora, Marco Nanini revelou curiosidades sobre os personagens a que já deu vida, como o Cangaceiro Severino de Aracaju, do filme “O Auto da Compadecida”, que era caracterizado com três perucas, 13 quilos de roupas e um olho de vidro, em pleno calor de Pernambuco. Também relembrou o desfecho da série “A Grande Família”, e o quanto tem trabalhado para distanciar os projetos futuros da personalidade criada para viver o famoso “Lineu”.

Entusiasta das artes cênicas e grande fã de Nanini, Leopoldo Ricardo Bahia estava ansioso esperando pela chegada do artista e contou que há cerca de 20 anos assistiu pela primeira vez, uma peça do ator, “Circo de Rins e Fígado”, e desde então acompanha assiduamente toda a trajetória do ator. 

Nanini demonstra o amor que tem pela dramaturgia ao compartilhar que seus personagens são como filhos. Quando questionado sobre qual deles escolheria para ser preservado para as futuras gerações, o ator admite que não consegue selecionar apenas um, destacando que nenhum pai ama um filho mais do que outro.

Informações: Ana Carolina Fogaça de Paula, da Universidade Positivo