Medicamentos estão mais caros no Brasil
A alta, autorizada pela Governo Federal, busca corrigir os impactos da inflação
A partir de sexta-feira, 1º de abril, os remédios ficam quase 11% mais caros nas farmácias. A alta, autorizada pela Governo Federal, busca corrigir os impactos da inflação. Apesar disso, o reajuste máximo, de 10,89%, ficou acima do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano passado que fechou em 10,06%. Conforme a Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (CMED), as farmacêuticas já podem aplicar o reajuste – mas cabe às empresas definirem os novos preços, já que os porcentuais são os de reajustes máximos.
Os remédios de baixa concorrência tendem a ter reajustes menores e os de alta concorrência, como os genéricos, podem sofrer maior alteração, por terem mais liberdade de regulação no mercado. Então, de maneira geral, a variação poderá ser de 2% a 20%.
Para o advogado especialista em saúde, Gabriel Shulman, o consumidor tem alguns caminhos que podem evitar altos gastos com medicamentos essenciais.
Cerca de 10 mil remédios estão na lista oficial. E a atualização dos valores é feita anualmente. No ano passado, o reajuste ficou em 9%, em média, com máxima de 10,08%. Pela legislação em vigor, o reajuste anual dos preços de medicamentos é definido considerando a inflação, além de outros indicadores do setor.
O sindicato que representa as indústrias farmacêuticas (Sindusfarma) destacou que o reajuste não é automático e nem imediato, uma vez que a concorrência entre as empresas do setor regula os preços.
De acordo com os dados, no acumulado dos anos pandêmicos de 2021 e 2020, os medicamentos subiram em média 3,75%, enquanto a inflação geral no Brasil saltou para 15,03%, gerando uma diferença para menos de 11 pontos porcentuais.
Reportagem: Leonardo Gomes.