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Menos de 8% dos curitibanos recebem alertas de desastres
Áreas de vulnerabilidade social são as mais prejudicadas e com menor acesso aos avisos
Foto: Sanepar
Menos de 8% da população curitibana está cadastrada para receber alertas via mensagem de texto em caso de desastres naturais. Entre eles, 3,5% vivem em áreas de risco. É isso que aponta um estudo realizado pela PUCPR, que busca avaliar a eficácia da emissão dos avisos para eventos climáticos.
Segundo um levantamento do Centro Nacional de Desastres Naturais (Cemadem), a capital paranaense é a sétima cidade com maior incidência de desastres em todo o país. A engenheira civil Luciene Pimentel, professora orientadora do estudo, destaca que um alagamento, por exemplo, vai além da chuva intensa. A situação é mais grave nas áreas de vulnerabilidade social.
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O principal desafio é o cadastro em assentamentos informais, em que os moradores não conseguem registrar CEPs, por falta de um endereço formal. Em Curitiba, isso acontece na região do Caximba, nas vilas 29 de Outubro e Juliana, que foram alagadas com as chuvas intensas de 2023. A área é propensa para desastres e entre as 1074 casas, nenhum morador está cadastrado.
O estudo foi desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana, com os Códigos de Endereçamento Postal registrados pelas pessoas. O doutorando Murilo Noli da Fonseca, que estuda a gestão e a comunicação dos riscos de desastres, lembra que, em áreas de vulnerabilidade, os serviços públicos não chegam.
O cenário se repete em outras capitais do país. O maior índice está em Belo Horizonte, com 14% dos celulares estão cadastrados. No entanto, 7% deles estão em áreas de risco. Na sequência, está o Rio de Janeiro, com 10% dos dispositivos cadastrados, sendo 3% em locais de vulnerabilidade.
No Rio de Janeiro, a cidade de Petrópolis, por exemplo, utiliza sirenes para avisar sobre inundações. Em todo o Brasil, é possível se cadastrar para receber os alertas no celular. É preciso enviar um SMS para o número 40199 com o CEP do endereço.
Confira a pesquisa completa: SciELO – Brasil –
Sistema de alerta de desastre baseado no CEP: limites e possibilidades
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Reportagem: Larissa Biscaia
