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Mirian Gasparin

Faturamento do setor ultrapassa R$ 403 bilhões em 2023.

 Mercado atacadista cresce mais de 10% em vendas

Foto: aleksandarlittlewolf – Freepik

O mercado atacadista distribuidor brasileiro fechou 2023 com faturamento de mais de R$ 403 bilhões, a preço de varejo, o que representa um crescimento nominal de 10% em relação ao ano anterior. Estes números constam do Ranking ABAD NielsenIQ 2024 realizado pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores em parceria com a consultoria NielsenIQ, e que está sendo apresentado, neste momento, à imprensa brasileira, em entrevista coletiva online.

Esta pesquisa vem sendo realizada há 30 anos e analisa anualmente os resultados e a atuação dos agentes de distribuição de todo o país, com informações relevantes para orientar os planos estratégicos e investimentos do Canal Indireto.

Eu consegui apurar alguns números com exclusividade. Segundo o estudo, todos os modelos de operação no atacado apresentaram desempenho positivo. Mas, o grande destaque foi o distribuidor com entrega, que cresceu 11%, representando 45% do faturamento total.  

Em relação aos dados do Paraná, o Destro MacroAtacadosegue líder com faturamento de mais de R$ 2 bilhões, no ano passado. A empresa também integra a lista das Top 10 da Região Sul, em faturamento, tendo ficado na sexta colocação. Além disso, figura na quinta posição entre os dez maiores do país na modalidade Atacado Generalista com Entrega.

A segunda posição ficou com o Gazin Atacado, que faturou quase R$ 2 bilhões em 2023 e é o sétimo entre os dez maiores na modalidade Atacado com Entrega. Já no terceiro lugar está o Guibon Foods, com faturamento de R$ 1,5 bilhão, seguido do Grupo Triunfante, com faturamento de R$ 931 milhões.

Quanto ao faturamento dos atacadistas paranaenses em 2023, segundo a pesquisa da ABAD NielsenIQ, as vendas dos atacadistas do Paraná somaram R$ 12,5 bilhões, representando um crescimento de 6% se comparado a 2022, ou seja, abaixo da média nacional. Já na Região Sul, o faturamento das companhias atacadistas ultrapassou a marca de R$ 43 bilhões.

Para 2024, as expectativas do setor atacadista são positivas. Mais da metade das empresas que participaram da pesquisa esperam crescer em número de colaboradores, em volume, na base de clientes e no número de fornecedores.

Para o diretor de varejo da NielsenIQ, Domenico Filho, o mercado de consumo brasileiro apresenta-se melhor, mas é importante ressaltar que é movido por algumas variáveis básicas, como desemprego e inflação, que estão em baixa; confiança tanto do empresário quanto do consumidor, que ainda está emitindo sinal amarelo, e taxa de juros, que apresenta trajetória em declínio.

Mirian Gasparin

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