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Mirian Gasparin

A expectativa é que as vendas do setor ultrapassem a casa de R$ 4 bilhões.

 Mercado de iluminação deve fechar ano com alta no faturamento

Imagem: Reprodução

O custo elevado da energia elétrica somado às condições econômicas decorrentes da pandemia, está fazendo com que não só os consumidores residenciais como também os estabelecimentos comerciais e industriais busquem equipamentos, luminárias e lâmpadas que sejam mais econômicas e eficientes. E isso tem dado um fôlego extra ao mercado de iluminação, que deve fechar este ano com um crescimento de 3% no faturamento. Aliás, este percentual de crescimento já vem se mantendo já há três anos. Para 2022, a expectativa é que as vendas do setor ultrapassem a casa de R$ 4 bilhões.

Eu conversei com o gerente da Expolux e especialista na área de iluminação, Ivan Romão, e ele me explicou que os principais motivos que contribuíram para o bom desempenho do setor são a substituição das lâmpadas comuns pelas de LED, a reação da construção civil e o trabalho em home office. Aliás, o executivo chama a atenção para o fato de que a relação das pessoas com a luz sofreu uma ampla mudança no contexto da pandemia, levando ao interesse por produtos com maior eficiência energética até a busca pelo entendimento do tipo de iluminação mais adequada para garantir as atividades domésticas e profissionais. Ou seja, trabalhando em casa, as pessoas tiveram a necessidade de melhorar a iluminação do ambiente..

Ivan Romão me informou que o mercado de iluminação no Brasil conta com mais de 600 indústrias e gera cerca de 23 mil empregos diretos. Já do faturamento de R$ 4 bilhões esperados para este ano, 60% virão da venda de luminárias, 28% da venda de lâmpadas e os 11% restantes se referem à comercialização de reatores e outros componentes. O gerente da Expolux também chama a atenção para o fato de que o setor de iluminação vem se profissionalizando cada vez mais e as indústrias estão investindo em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos para atender a exigência dos clientes.

Sim e isso já tem acontecido em algumas cidades. A aposta na tecnologia em LED é um exemplo e tem chamado a atenção dos governos para atendimento dos parques públicos. Isto porque, dentre as vantagens que envolvem segurança e menor impacto ao meio ambiente, está a redução de consumo em 50%, proporcionando uma economia considerável. Além do mais, a busca por eficiência vem sendo constante, mas se torna ainda mais urgente pelo contexto atual. De acordo com o gerente da Expolux, o mercado já dispõe de soluções interessantes para a iluminação urbana, mas é preciso conectá-las às necessidades atuais.  Nesse sentido, as parcerias público-privadas vêm crescendo como forma de viabilização da troca de lâmpadas tradicionais por luminárias de LED nos parques públicos.

Por fim, repensar o consumo de iluminação e os tipos de lâmpadas também faz parte do conceito de cidades inteligentes, que visa proporcionar melhor qualidade de vida aos cidadãos por meio da modernização dos espaços e serviços urbanos. Além das luzes de LED, outras tecnologias podem ajudar, como o investimento em equipamentos alimentados a energia solar e o acionamento de luzes por presença. 

Abaixo você confere o áudio da coluna:

Mirian Gasparin

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