O Ministério da Saúde notificou a prefeitura de Santa Helena, no oeste do Paraná, para que dê explicações a respeito da denúncia de racismo feita contra a secretária municipal de saúde por uma médica gaúcha do programa Mais Médicos. Caso o município não se manifeste em até cinco dias, a prefeitura estará sujeita a sanções do governo federal, por meio do ministério. Thatiane Santos da Silva, 30 anos, que é negra, alega que ouviu da secretária municipal que o cabelo ‘dreadlock’ poderia ser uma dificuldade no atendimento aos pacientes, que estariam acostumados a “um certo padrão de médicos”. A profissional foi até a delegacia onde prestou queixa por injúria racial. A clínica geral cursou medicina em Cuba, se formou em 2012 e em 2014 fez o Revalida no Rio Grande do Sul, onde obteve o registro médico para atuar no Brasil. Em Santa Helena desde o começo do mês, Thatiane também teria ouvido da secretária que o cheiro do cabelo poderia incomodar os pacientes. Já a secretária se defendeu, disse que não quis ofender e apenas tentou defender a médica de possíveis comentários ou resistência dos pacientes.