Artistas do Brasil e do mundo se encontram em Curitiba para a 14ª edição do MishMash, um espetáculo que reúne, no palco do ViaSoft Experience, mágica; malabarismo; contorcionismo; equilibrismo; dança; teatro e a inoxidável arte da palhaçaria, tudo isso acompanhado do som ao vivo da Banda MishMash.

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Antes mesmo do espetáculo começar, o conjunto musical já agitava as cerca de 2000 pessoas que esgotaram os ingressos para o primeiro dia de apresentação. Pela frente, duas horas de show para toda a família se divertir com o comando do Palhaço Alípio e o cantor e ator Evandro Mesquita, como mestre de cerimônias.

Público em seus lugares, é hora de começar o show! E, logo no início é incentivado o compartilhamento de mesas e a formação de famílias “não consanguíneas”, unidas em um mesmo propósito: a diversão – independentemente da idade.

E essa presença familiar é observada na apresentação do dançarino Márcio Pial e seu filho Victor Hugo. Em uma bem humorada exibição de break, pai e filho compartilham o palco esbanjando entrosamento e talento.

Um dos momentos de tensão do show é a apresentação sobre patins da dupla mexicana Yareni Bates e Harry Rodrean. Com performances que desafiam a gravidade, os artistas deixam o público boquiaberto e sem reação ao final de cada coreografia.Vindo da Argentina, o Palhaço Tomate fez brilhar os olhos das crianças e adultos com o show de balões. Em um piscar de olhos, o palco se transformou em um oceano para o balloon showman mostrar sua destreza ao montar esculturas com balões do tipo canudo e fazer o público mergulhar na apresentação.

Como um bom circo, não poderia faltar o show de ilusionismo. Jeff Aragon foi a última atração do dia e convidou ao palco o público para ajudá-lo em suas mágicas. A interação com as pessoas marcou a apresentação que colocou interrogações na cabeça da plateia e tirou sorrisos surpresos daqueles que tentavam descobrir o truque por trás de suas mágicas.

Destaque também para a Banda MishMash. Assim como no passado, em que existiam conjuntos que musicavam as atrações circenses, o grupo embala todas as apresentações com músicas ao vivo. Para deleite do público, ao final da noite Evandro Mesquita juntou-se à banda, mostrando seu talento com a gaita de boca e esbanjando musicalidade com a clássica “Bete Balanço”, da banda Barão Vermelho, de 1984.

O diretor geral do Festival de Curitiba, Leandro Knopfholz, destacou a importância do MishMash: “É uma grande celebração da arte circense! Uma fusão de várias possibilidades; tem show, tem festa, música, habilidades…”.

O termo mishmash tem origem na língua inglesa e segundo o Cambridge Dictionary, significa: “uma mistura confusa”. Nesse caso, pode-se dizer que o MishMash é mistura de todas as artes, mas principalmente, a condensação do Festival de Curitiba em um único lugar.

Leandro lembrou do motivo da criação do espetáculo: “A habilidade é uma atração importante e pouco valorizada, seja ela dança, malabarismo, palhaçaria… E nós resolvemos juntar tudo isso no Festival e pôr uma luz nessa linguagem que é o MishMash”, celebrou ele que há mais de trinta anos organiza o Festival de Curitiba.

Adrielle Marcão veio pela segunda vez ao espetáculo e o encantamento fez a técnica de laboratório retornar em 2023: “No ano passado foi uma surpresa boa, gostei muito. Tanto que fiquei atenta para saber quando teria de novo”. Acompanhada de sua filha, ainda no colo, Adrielle destacou: “Ela estava dançando até agora! Gostou muito, interagiu com os artistas e ficou encantada com a apresentação do mágico e também o show de patins”.

Além de ser uma atração para todas as idades, o MishMash tem um lema destacado por Leandro: “Diferente do humor stand-up, aqui a gente não ri do outro. Aqui a gente ri com o outro! É uma festa familiar.”, finalizou.

Informação: Rodrigo Vicente, estudante de jornalismo da Universidade Positivo, em parceria com a BandNews FM Curitiba