Um verdadeiro mix de fases da arte e da humanidade, isso é “Mademoiselle Noir”, peça encenada no sábado (30) pelo grupo “Modulado de Pesquisa Teatral”. O enredo é permeado por traços do teatro grego, com uma narrativa que se desenrola a partir de mistérios e revelações em uma atmosfera gótica, peculiar e desconstruída.

Com personagens cômicos em meio a uma história de terror e drama, a apresentação gira em torno de desaparecimentos misteriosos, uma floresta, uma moça, uma maldição e muitos segredos.  Na primeira fila, com os olhos fixos no espetáculo estava Maria Martinez, que escolheu a peça na expectativa de ver um musical lúdico de origem francesa e se surpreendeu ao encontrar uma montagem impactante com uma mensagem forte, passada de forma sensível e que a deixou sem palavras.

Toda a plateia ficou hipnotizada pela trilha sonora de arrepiar e máscaras quase vivas que foram utilizadas. Ninguém poderia imaginar que uma única expressão teria a possibilidade de transitar por tantas emoções, além de transformar os artistas em verdadeiras animações.

A trilha sonora é parte fundamental da obra, pois foi de uma música que a obra “Mademoiselle Noir” nasceu. Sempre muito marcados em cada cena, os acordes são usados para transições com suavidade e de forma quase imperceptível, deixando o público em completa imersão.

O que mais se destacou na conversa com o diretor André Meireles e com os artistas Theodora Briqueis, Malu Zanette, Amanda Brigano,  Letícia Martínez e Isa Kempe foi a natureza colaborativa da produção. Todos enfatizaram que o processo criativo da peça foi coletivo e repleto de improvisos. Cada personagem cresce, amadurece e se molda a cada apresentação, fazendo todos os espetáculos serem únicos.

Com uma demanda crescente de público, uma sessão extra foi adicionada para atender à grande procura. Não perca a oportunidade de testemunhar essa tragicomédia do teatro contemporâneo e deixe-se envolver por todos os mistérios, segredos e magia de “Mademoiselle Noir”.

Serviço

Mademoiselle Noir – Mostra Fringe

Datas: 30 e 31 de março, 01 e 02 de abril

Local: Koluderê – Vivência Teatral

Duração: 55 minutos

Gênero: Tragicomédia

Ingresso: Pague o quanto vale

Reportagem: Isabelli Guerreiro, estudante da Universidade Positivo(UP)