MP investiga médico que pode ter tomado três doses de vacina contra a covid-19

 MP investiga médico que pode ter tomado três doses de vacina contra a covid-19

Foto: Reprodução/MPPR

O Ministério Público do Paraná investiga um médico que teria tomado três doses de vacina contra a covid-19. O caso foi registrado em Ubiratã, no centro-oeste do Paraná. O profissional da saúde foi incluído na primeira fase da campanha de imunização em março. Dois meses depois, com o esquema vacinal completo, ele teria acessado uma terceira dose, desta vez de um fabricante diferente, apresentando um atestado de comorbidade.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde de Ubiratã, no dia 26 de maio, data em que o médico teria tomado a terceira dose da vacina contra a covid-19, o sistema que registra o nome dos pacientes estava fora do ar. Apesar disso, a carteira de vacinação do homem deveria apontar que ele já havia recebido as duas doses. Ainda não está claro qual falha permitiu que o médico fraudasse o que preconiza o Programa Nacional de Imunização.

Segundo o Ministério Público do Paraná, o homem foi motivado por um argumento mentiroso. Com o ciclo vacinal completo, ele teria feito um exame para a detecção de anticorpos para coronavírus. Com o resultado negativo, alegando não estar protegido contra a doença, ele teria buscado a terceira dose da vacina.

Nesta semana, o Instituto Butantan veio a público desmentir uma fake news disseminada pela internet com o objetivo de descredibilizar a CoronaVac. Um vídeo gravado por um suposto médico utiliza esse falso argumento para induzir a população a acreditar que o resultado negativo do exame de anticorpos significa que a vacina produzida no Brasil não protege contra a covid-19. A eficácia do imunizante é chancelada pela Anvisa e pela OMS (Organização Mundial da Saúde.

Em nota, o Butantan explica que os testes sorológicos não servem para avaliar se alguém está protegido ou não contra a covid-19. Segundo o Instituto, os testes de anticorpos detectam a presença do organismo em determinado momento, sendo úteis apenas para identificar pessoas que foram expostas ao vírus, e não para garantir se alguém está protegido ou não contra a doença.

Ou seja, vacinas não foram desenvolvidas para criar e manter exércitos de anticorpos. Imunizantes deste tipo ajudam a criar uma memória imunológica para que o sistema de defesa do corpo humano responda adequadamente quanto exposto ao vírus. A Anvisa não recomenda a utilização de testes sorológicos para avaliar a proteção das vacinas.

Reportagem: Angelo Sfair

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