O Ministério Público do Paraná pede à Justiça, nesta quarta-feira (13), que seja decretado sigilo no inquérito que apura a morte do tesoureiro do PT, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, o guarda municipal Marcelo Arruda. No documento, a promotoria ainda solicita uma série medidas, entre elas o exame do conteúdo do aparelho celular do autor dos disparos, o policial penal federal Jorge Guaranho.

A petição foi revelada pelo portal UOL. O promotor Tiago Lisboa pede sigilo e diz que o caso tem “grande repercussão”. Segundo ele, o instrumento serve para evitar interferência nas investigações da Polícia Civil do Paraná. O documento avalia que “o acesso indiscriminado aos autos (…) poderá tumultuar e interferir negativamente nas investigações, sobretudo em razão da existência de diversas diligências investigatórias ainda em curso”.

Entre as solicitações da promotoria, está a requisição da ficha funcional de Guaranho junto ao Departamento Penitenciário Nacional. Ele trabalha no Sindicato dos Agentes Federais de Execução Penal de Catanduvas, no Oeste do Paraná. A entidade designou a advogada Marise Jussara Franz para representar o autor dos disparos.

O Ministério Público Estadual também pede à Justiça que o Sindicato não tenha acesso aos autos. Na petição, o promotor avalia que não há “previsão legal” para a participação de “estranhos” ao caso. O advogado Daniel Godoy Junior disse, ao portal UOL, que “as providências requeridas pelo MP são adequadas ao caso e vão ao encontro das preocupações da família”.

A petição foi encaminhada ao juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu.

Leia mais sobre o caso

Caso Arruda: defesa de Guaranho descarta motivação política – A advogada Marise Jussara Franz solicitou hoje à justiça uma perícia para constatar a embriaguez da vítima. O documento, obtido pela BandNews FM, pede, ainda, imagens de câmeras de vigilância para verificar o consumo de bebida alcoólica pelo aniversariante durante a festa.