A mulher que impediu a passagem de um cadeirante negro dentro de ônibus do transporte coletivo de Curitiba foi indiciada, pela Polícia Civil, por injúria racial.

O cadeirante Angelino Caquinda Cassova Domingos voltava para casa após sair do trabalho quando, próximo ao Passeio Público, se deparou com outra passageira, que se recusou a sair do caminho – ela estava em pé, no corredor. A situação gerou uma confusão entre parte daqueles que presenciaram o caso e a mulher, que se recusava a sair.

Um vídeo, registrado por uma passageira, mostra que Angelino se aproximou e tentou conversar com a mulher. Após alguns segundos, e sem sair do lugar, ela perguntou se “estavam na floresta”. O questionamento causou revolta e só depois de os ânimos se acirrarem, a mulher resolveu sair do corredor e sentar.

De acordo com a Polícia Civil, o inquérito policial agora está com a Justiça. Com isso, o Ministério Público deve se manifestar sobre o caso.

Depois dessa etapa, são três possibilidades: denunciar a indiciada (por meio da formalização da acusação), pedir mais investigações, ou, ainda, arquivar o caso.