Brasil tem 22,6 mil mulheres reconhecidas como refugiadas, sendo quase 95% delas venezuelanas segundo dados do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE). Outras 6 mil aguardam resposta à solicitação. Aqui no Paraná, mais de 45 mil migrantes estão registrados no CadÚnico, que atende famílias de baixa renda e destes pouco mais de 54% são mulheres.

Aproximadamente 5 mil e 500 delas estão em Curitiba. Marcia Ponce, secretária Regional da Cáritas no Paraná, avalia que as dificuldades da migração impactam as mulheres de forma mais profunda.

A venezuelana Anamile Bolívar, que chegou em Curitiba há cerca de um ano em busca de melhores condições de trabalho, conta que aqui ainda há outros desafios a enfrentar.

Marcia indica que as barreiras podem se intensificar conforme a origem das mulheres porque há ainda outros preconceitos.

A Cáritas é uma organização internacional que atua no mundo todo com apoio a imigrantes. Em 2021, foram atendidas 2288 mulheres e, em 2022, já foram 263 mulheres atendidas no Paraná. A instituição conta com voluntários que trabalham no acolhimento, na proteção, e na integração dos migrantes e refugiados nas sociedades receptoras.

Reportagem: Amanda Yargas