Colunistas // Mirian Gasparin

Os negócios entre o Paraná e a Coreia do Sul, que já são parceiros há várias décadas, devem crescer ainda mais nos próximos anos. É que o empresário e professor, Cristian Kim, que assumiu na semana passada o consulado da Coreia do Sul, no Paraná, tem como missão intensificar ainda mais as negociações.

Eu conversei com o novo cônsul e ele me disse que o seu trabalho vai girar em três pilares que são o incentivo a novos negócios; parcerias entre escolas e universidades visando a pesquisa e intercâmbio e o incentivo à cultura coreana, que vem sendo apresentada aos brasileiros por meio dos filmes e dos doramas.

Cristian Kim, que é filho de imigrantes coreanos que vieram da Alemanha, na década de 1970, para trabalhar na Cidade Industrial de Curitiba, me adiantou que está em busca de novos investimentos de empresas da Coreia do Sul para o Paraná. O cônsul lembra que o Brasil, com destaque para o Paraná, é um dos destinos preferidos das indústrias coreanas, citando o mais recente investimento de mais de R$ 1 bilhão da LG Eletronics, no município de Fazenda Rio Grande. A fábrica que terá a sua primeira fase concluída em 2026, vai produzir aparelhos de TV, celulares e linha branca, com a criação de 4 mil empregos.

Cristian Kim faz questão de destacar que quando grandes indústrias se instalam em uma cidade, um número significativo de fornecedores são atraídos para o local, e isso deve ocorrer também com a vinda da LG ao Paraná. O cônsul me contou que conversou com o presidente da Samsung e apresentou o Paraná como um estado exemplo na atração de investimentos industriais.

Vale destacar que a Coreia do Sul é líder mundial na produção de automóveis, eletroeletrônicos, chips de alta tecnologia, cosméticos e construção civil.

Como está a balança comercial entre o Paraná e a Coreia do Sul?

O saldo da balança comercial tem se mostrado favorável ao Paraná. Em 2022, o saldo comercial foi de US$ 600 milhões; em 2023 subiu para US$ 641 milhões e no primeiro trimestre deste ano somou US$ 165 milhões.

Cristian Kin me disse que a Coreia do Sul é a décima segunda maior parceira comercial do Brasil e, no Paraná, ocupa a sexta posição. Os produtos mais exportados pelos paranaenses aos coreanos são soja e farelo de soja, carnes de aves e suínos, milho, couro, café e madeira.