Operação Downfall: R$ 2 milhões apreendidos só nesta quinta
O patrimônio da quadrilha é avaliado em mais de R$ 1 bilhão
A Operação denominada ‘Downfall’, contra uma quadrilha que enviava droga para a Europa, resultou na apreensão de mais de R$ 2 milhões só nesta quinta-feira (04) durante o cumprimento das ordens judiciais em diversos estados do país. A operação foi realizada de maneira conjunta com as polícias Federal e Civil, além da Receita Federal.
Ao todo, 28 pessoas foram presas. Dos 30 mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça, 26 foram cumpridos e três pessoas foram presas em flagrante. Uma delas já era alvo da operação policial. Durante as ações, ainda foram apreendidos 200 kg de crack, nove armas de fogo e veículos e objetos de valores, como joias e relógios, avaliados em mais de R$ 1 milhão.
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O balanço foi divulgado durante coletiva de imprensa com representantes das polícias Federal, Civil e Receita Federal, em Curitiba. Durante as investigações, que iniciaram em 2021, após alguns homicídios pela disputa de pontos de venda de drogas no litoral paranaense, foram apreendidas 5,2 toneladas de cocaína.
Para o delegado-geral da Polícia Civil no Paraná, Silvio Rockembach, a operação desarticulou uma das maiores organizações criminosas do país relacionadas ao tráfico internacional de drogas.
A quadrilha é acusada de enviar entorpecentes escondidos em contêineres do Porto de Paranaguá, no Litoral do Paraná, para a Europa. De acordo com a investigação, o patrimônio da organização criminosa é avaliado em mais de R$ 1 bilhão.
A principal forma de lavagem de dinheiro dos suspeitos era o investimento do lucro no setor imobiliário, principalmente no litoral de Santa Catarina. De acordo com o auditor fiscal da Receita Federal, Ivens Lopes Ribeiro, com todo o material apreendido será possível confirmar os possíveis contratos fraudulentos do grupo criminoso com construtoras e empresas do ramo imobiliário.
Ao todo, a Justiça expediu 117 ordens judiciais, sendo 30 de prisão preventiva e 87 de busca e apreensão. Três integrantes do grupo criminoso ainda são considerados foragidos. O homem apontado como o principal líder da organização está preso desde 2021, quando foi encontrado em uma clínica de cirurgia plástica, em São Paulo.
Reportagem: Leo Coelho